Pedágio SP: sem reajuste, tarifa pode parar na justiça

Quem roda pelas estradas estaduais de São Paulo terá um alívio em 2022. O governo local determinou que não haverá reajuste de tarifa nos contratos de concessão das rodovias este ano.

 

Feito anualmente, o reajuste dos pedágios de São Paulo sempre é um momento de tensão para os motoristas, afinal, o estado tem algumas das tarifas mais altas do país, aliás, uma em especial…

 

O governo estadual justificou haver uma “alta desenfreada de preços”, sobretudo dos combustíveis e que isso teria um impacto negativo na economia.

 

A decisão foi anunciada pela Secretaria de Logística e Transportes (SLT) do governo de Rodrigo Garcia, o que evitou reajuste entre 10,72%, do referente ao IGPM, e 11,73%, do IPCA.

 

 

Assim, as praças de pedágio em 1 de julho, data do reajuste anual, permanecem com os valores anteriores, nos 18 contratos do Programa de Concessões Rodoviárias do Estado de São Paulo.

 

Normalmente, 17 delas são reajustadas na data desta sexta-feira, com a Entrevias apenas no dia 6 de julho de cada ano.

 

No estado de São Paulo, vigora a tarifa de pedágio mais cara do país, do sistema SAI (Anchieta-Imigrantes), que cobra R$ 30,20 dos automóveis no trecho entre a capital paulista e a Baixada Santista.

 

Caso tivesse sido reajustado, o deslocamento rodoviário entre São Bernardo do Campo e Cubatão, por exemplo, trecho de 27,8 km, seria de R$ 33,80.

 

Justiça

Com o não reajuste das tarifas em São Paulo, as concessionárias dos 18 contratos do estado, criticaram o governo local pelo estipulado em acordo, entre o poder público e a iniciativa privada.

 

A ABCR (Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias), criticou a ação do governo paulista e avalia uma ação na justiça para ter direito ao reajuste de tarifas.

 

A entidade que reúne as concessionárias de estradas no país, emitiu uma nota sobre a questão:

 

“O setor manifesta grave preocupação com a adoção da medida anunciada, em um momento crítico no qual as empresas ainda enfrentam os efeitos econômicos da Covid-19 e o aumento expressivo do preço de insumos, e têm de honrar compromissos importantes assumidos junto a financiadores e fornecedores, bem como junto à sociedade paulista e aos usuários”. 

 

João Octaviano Machado Neto, secretário estadual de Logística e Transportes, respondeu por nota: “O Governo de SP não descumpre contrato e vai dialogar com todos os setores envolvidos”. 

 

[Fonte: Infomoney